Este espaço é nosso!


Este espaço tem o objetivo de contribuir com a educação num todo; para aqueles que acreditam que não podemos fragmentar o sujeito para aquisição de conhecimentos e nem isolar a tarefa e a responsabilidade dentro da escola. É dever de todos nós ajudar e criar variados caminhos para vencer os obstáculos e abrir novas fronteiras em busca de formas, para ajudar na formação de mundo melhor para nossas crianças.
Conto com você!! Beijos, Marcia Simões


"Daqui a cinco anos você estará bem próximo de ser a mesma pessoa que é hoje, exceto por duas coisas: os livros que ler e as pessoas de quem se aproximar". (Charles Jones)

Formação da Identidade da Criança



A formação da identidade da criança é um processo permeado por perguntas como: "Quem sou eu?"; "Como sou?". As respostas a essas perguntas são essenciais para a construção da personalidade. Logo cedo, o bebê começa a se perceber como sujeito e obter consciência corporal para se desenvolver e se organizar no espaço, já que ao nascer, o mesmo totalmente ligado à mãe e não compreende os limites que os separam.

Durante o primeiro ano de vida, aproximadamente por volta dos seis aos oito meses, a criança percebe que é um ser separado da mãe, iniciando o processo de construção da própria identidade.

O bebê explora o mundo a sua volta, vivencia sensações, percepções, e por volta dos sete meses, fica fascinado com a experiência de ver sua imagem refletida no espelho. Todas essas vivências dão início à autodescoberta, uma exploração que permite à criança descobrir como seu comportamento repercute no ambiente, fator essencial para que ela se perceba como alguém diferente do outro.

Com o objetivo de desenvolver a identidade, sugere-se a seguinte atividade para crianças da educação infantil, entre dois e três anos:

• Material utilizado: Dois espelhos grandes (prefira fixá-los na parede).
• Tempo previsto: 15 a 20 minutos.
• Atividade: Estimule a criança a olhar atentamente a própria imagem. Solicite que ela toque diferentes partes do corpo. Sugira brincadeiras como balançar os cabelos, levantar os ombros e cruzar os braços. Encoraje-a a imitar os gestos das outras crianças.
• Desenvolvimento: A atividade deve ser realizada em frente ao espelho, com o intuito de estimular a observação.
Por Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola

Desenvolvimento da Criança



Conhecer o desenvolvimento da criança e suas fases é importante para o professor, pois essas informações irá auxilia-lo a compreender o comportamento e desenvolver atividades específicas de acordo com a idade.

Aos 02 anos a criança demonstra certa independência, é capaz de realizar atividades mais complexa e relaciona-se mais facilmente com adultos e com crianças.

Desenvolvimento físico e motor:
- Abre e fecha as portas (com o trinco somente);
- Sobe e desce da cama sozinha;
- Sobe escadas colocando os dois pés nos degraus;
- Corre relativamente bem;
- Participa do ato de despir-se e descalçar-se;
- Faz rabiscos em folhas grandes de papel;
- Encaixa cubos de diferentes dimensões.

Desenvolvimento Mental
- Identifica algumas coisas apesar de não falar ainda seus nomes;
- Conhece seu próprio nome;
- Repete palavras com alguma correção;
- Conta até 03 (por imitação e não por assimilação, isso não significa que compreenda);
- Reconhece objetos e pessoas que tenha visto a dois meses atrás;
- Forma frases com duas ou três palavras, isso caracteriza aumento de vocabulário;
- Começa a formar frases negativas e interrogativas;
- Inicia i emprego do “Quem”.

Desenvolvimento Socioemocioal:
- Reconhece expressões fisionômicas;
- Reconhece a mãe em fotografias;
- Compreende ordens negativas e proibições;
- Necessita estar sempre ocupado;
- Necessita muito da assistência mãe ou substituta;
- É negativista (gosta sempre de ser do contra, protestar);
- Começa a procurar um companheiro para brincar ( a convivência com estranho é importante para o seu desenvolvimento socioemocioal).

Psicomotricidade Infantil

Psicomotricidade Infantil

Nos movimentos da criança se articula toda sua afetividade, desejos e suas possibilidades de comunicação. O que é psicomotricidade? Sua definição ainda está em formação, já que à medida que avança e é aplicada, vai-se estendendo a distintos e variados campos. No princípio, a psicomotricidade era utilizada apenas na correção de alguma debilidade, dificuldade, ou deficiência.

Hoje, vai mais longe: a psicomotricidade ocupa um lugar importante na educação infantil, sobretudo na primeira infância, em razão de que se reconhece que existe uma grande interdependência entre os desenvolvimentos motores, afetivos e intelectuais. A psicomotricidade é a ação do sistema nervoso central que cria uma consciência no ser humano sobre os movimentos que realiza através dos padrões motores, como a velocidade, o espaço e o tempo.

Movimento e atividade psíquica

O termo psicomotricidade se divide em duas partes: a motriz e o psiquismo, que constituem o processo de desenvolvimento integral da pessoa. A palavra motriz se refere ao movimento, enquanto o psico, determina a atividade psíquica em duas fases: a sócio-afetiva e cognitiva. Em outras palavras, o que se quer dizer é que na ação da criança se articula toda sua afetividade, todos seus desejos, mas também todas suas possibilidades de comunicação e conceituação. A teoria de Piaget afirma que a inteligência se constrói a partir da atividade motriz das crianças. Nos primeiros anos de vida, até os sete anos, aproximadamente, a educação da criança é psicomotriz. Tudo, o conhecimento e a aprendizagem, centra-se na ação da criança sobre o meio, os demais e as experiências através de sua ação e movimento.
Estimulação e reeducação
Através da psicomotricidade pode-se estimular e reeducar os movimentos da criança. A estimulação psicomotriz educacional se dirige a indivíduos sãos, através de um trabalho orientado à atividade motriz e as brincadeiras. Na reeducação psicomotriz se trabalha com indivíduos que apresentam alguma deficiência, transtornos ou atrasos no desenvolvimento. Tratam-se corporalmente mediante uma intervenção clínica realizada por um pessoal especializado.

Princípios e metas da psicomotricidade infantil

A psicomotricidade, como estimulação aos movimentos da criança, tem como meta:

- Motivar a capacidade sensitiva através das sensações e relações entre o corpo e o exterior (o outro e as coisas).
- Cultivar a capacidade perceptiva através do conhecimento dos movimentos e da resposta corporal.
- Organizar a capacidade dos movimentos representados ou expressos através de sinais, símbolos, e da utilização de objetos reais e imaginários.
- Fazer com que as crianças possam descobrir e expressar suas capacidades, através da ação criativa e da expressão da emoção.
- Ampliar e valorizar a identidade própria e a auto-estima dentro da pluralidade grupal.
- Criar segurança e expressar-se através de diversas formas como um ser valioso, único e exclusivo.
- Criar uma consciência e um respeito à presença e ao espaço dos demais.
Créditos: http://br.guiainfantil.com/psicomotricidade.html

Xixi na Cama


Por volta dos dois anos de idade a criança aprende a controlar a urina, mas durante o sono esse controle pode tornar-se mais difícil.

Porém, cada criança tem o seu ritmo de desenvolvimento, devendo ser respeitada dentro de suas limitações.

Evitar que a criança tome grandes quantidades de líquidos após as dezenove horas e levá-la ao banheiro antes de dormir pode ajudá-la a não fazer xixi na cama.

Normalmente, as crianças sonham que estão indo ao banheiro, como numa cena real, e por isso fazem xixi na cama. Quando acordam, já estão totalmente molhadas.

Mas além desses, existem outros fatores, como os emocionais, que podem se tornar hábitos na vida noturna da criança difíceis de serem superados.

Os pais devem observar se a criança não está passando por algum problema na escola, se não está se sentindo pressionada, com medo, insegura ou tensa, pois estas são causas de manifestação de insegurança que podem ser manifestas com o xixi na cama.

Na escola, as causas podem advir de mudanças repentinas de professores, mudança de turma ou série escolar, conflitos entre professor/aluno ou aluno/aluno, notas baixas, dentre outros, que podem ser amenizados quando os pais demonstram interesse, indo à escola para esclarecer e resolver a situação.

Já em casa, os problemas podem aparecer devido a controvérsias entre o casal, levando à discussões e brigas perto da criança ou da própria reação dos pais diante do xixi na cama – alguns pais agridem o filho com palavras e fisicamente – o que acentua ainda mais o problema.

Além disso, nos casos em que a criança ficar com babás ou empregadas, tentar descobrir através de diálogos as coisas que elas fazem juntas, como as funcionárias a tratam, se gritam, põem de castigo ou batem. Conversar com os vizinhos é uma boa forma de conseguir algumas dessas informações.

Se o problema persistir, o melhor é conversar com o pediatra da criança, para fazer uma avaliação de possíveis problemas de bexiga ou outra causa física.

Por Jussara de Barros/Graduada em Pedagogia/Equipe Brasil Escola

Afetividade entre Pais e Filhos

A afetividade entre pais e filhos é coisa que cresce ao longo do tempo, através do envolvimento que ambos vão tendo no cotidiano de suas vidas.

Com a vida moderna, a correria do nosso cotidiano, como o excesso de trabalho, faz com que as relações entre pais e filhos se estreitem cada vez mais. Mas isso não é problema quando há qualidade nos momentos em que estão juntos.

Algumas atitudes podem auxiliar na formação de um bom vínculo afetivo, nos mais simples e diversos fatos do dia-a-dia.

Todos os dias, ao chegar do trabalho, os pais devem buscar os filhos, tentando mostrar para eles que mesmo não estando presente o tempo todo, se preocupam com as coisas de suas vidas. É importante que conversem, trocando informações de como foi o dia de cada um, o que sentiram ao ficarem afastados, como transcorreram as coisas, etc.

Ouvir é uma atitude importante para quem quer demonstrar atenção, bem como conversar olhando nos olhos dos outros. É comum acharmos que conhecemos tudo dos filhos, das suas vidas, mas interrompê-los numa conversa é uma atitude que os deixa chateados. Por isso, nos dedicarmos a esses momentos é uma forma de comprovar atenção e carinho.


É importante acompanhar as tarefas escolares

Demonstrar interesse por suas atividades escolares também é uma forma de aproximação. Os pais devem manter esse tipo de diálogo todos os dias para que os filhos sintam-se amparados, seguros de que alguém se preocupa com eles.

Com as modernidades do mundo high tech fica fácil participar da vida dos filhos, mesmo estando longe por alguns períodos. Uma ligação de surpresa, para saber se está tudo bem, os deixará muito feliz. Mensagens de celular também é uma maneira de manifestar preocupação e cuidado, porém, os excessos podem fazer com que os filhos sintam-se vigiados.

Valorizar as qualidades dos mesmos também ajuda muito nas relações afetivas. A criança ou jovem que recebe elogios tem sua auto-estima elevada, sentem-se mais capacitados e seguros para realizar suas atividades.


Família reunida no preparo da refeição

Compartilhar as atividades domésticas também é uma boa forma de manter os laços entre pais e filhos. Os pais poderão pedir que estes ajudem ou que fiquem por perto para irem conversando enquanto trabalham. Momentos na cozinha reforçam as relações entre todos os familiares. À mesa, poderão compartilhar ótimos momentos de prazer, com conversas muito agradáveis e produtivas.

O importante é que os pais consigam demonstrar o quanto amam os filhos, mesmo não estando perto deles por todo tempo e, nos finais de semana, aproveitar para compensar essa ausência (,) programando diversões em que possam ficar juntos.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

A Idade da Vergonha



À medida que crescem, as crianças vão mudando suas atitudes, ficam mais reservadas diante dos pais ou daqueles que estão ligados ao seu cotidiano.

É normal que isso aconteça por volta dos oito, dez anos de idade, na pré-adolescência, onde sofrem as primeiras alterações físicas, que costuma assustá-los. Aparecem os primeiros pêlos pelo corpo, mas em pequenas quantidades, nas meninas inicia-se um pequeno crescimento dos mamilos e nos meninos um pequeno aumento do tamanho do pênis.

Além dessas mudanças, que fazem com que escondam o corpo, também querem mostrar autonomia, independência e por isso vão se desligando dos cuidados que antes precisavam.

A vergonha também pode aparecer diante dos parentes e amigos da família, fazendo com que o jovenzinho fique sem graça até mesmo para cumprimentá-los.

Os pais não devem ver isso como se a criança estivesse se afastando deles, é preciso manter a mesma amizade de antes, com carinho e respeito à nova fase da vida dos pequenos. O diálogo deve estar presente na vida de ambos, a fim de esclarecer as dúvidas e passar maior confiança quanto a essas alterações físicas e emocionais, de que as mesmas são normais e que acontecem com todas as pessoas.

Nessa fase do desenvolvimento as crianças não estão voltadas para o sexo, este não é tido como o mais interessante para elas, pelo contrário, o aspecto intelectual, do conhecimento propriamente dito ganha uma dimensão mais elevada para o centro de atenção deles.

A vergonha também passa pelo eixo da própria criança e, portanto, ironias e brincadeiras de mau gosto podem ferir a mesma, tornando-a ainda mais tímida. Aos poucos e com a ajuda da família as crianças superam suas dificuldades e aprendem a conviver com as mudanças.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

Este é nosso Cantinho Lúdico


Este cantinho é dedicado a troca de experiência com a divertida tarefa de tornar o entendimento possível para as criançadas!!
Compartilhe! Deixe seus comentários com suas experiências, idéias, sugestões e críticas! Seja bem vinda!Beijinhos, Marcia
Oração Pai Nosso

Trabalhinhos de Dia dos Pais


Dia das crianças

A Educação: Ontem, Hoje e Amanhã


Artur da Távola

Há tempos a prática da Educação é questionada em âmbitos sociais, políticos e pedagógicos e surgem os constantes movimentos de transformações em nossa sociedade.Bons pedagogos, com o compromisso com a educação, atuam para esta inovação e visam o melhor beneficio da aprendizagem, acompanham e auxiliam todas as mudanças das estruturas curriculares e usam suas habilidades e competência na busca de uma Educação ideal.Entretanto, a sua missão, é fundamentada em um pilar primordial para o sucesso de todo este processo:o Amor. Este, na realidade, é o grande diferencial e um valioso instrumento dos profissionais da Educação, para que a real transformação possa florir e ação pedagógica num firme passo, seja alcançada em sua plenitude e que participe efetivamente do grande sonho de um mundo melhor. Marcia Simões

Pensamentos Diversos


É em virtude de querer transformar, que nós educadores fazemos acontecer.Mesmo quando nos vemos em condições desfavoráveis, temos o ato de educar como um ofício e a plena consciência de que não podemos nos deixar abater pelas dificuldades, pois temos conosco a ferramenta maior para a verdadeira liberdade,A educação.

Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino. Paulo Freire

A história nos possibilita, sim, conhecer como as pessoas do passado trataram seus problemas do dia a dia e, com isso, nos auxilia a lidar com o mundo em que vivemos.
Projeto Araribá- vol 5 Ed. Moderna

A Prática Pedagógica da Educação Atual

Por: livia alves branquinho

RESUMO: As relevantes modificações sofridas por nossa sociedade no decorrer do tempo, dentre elas o desenvolvimento tecnológico e o aprimoramento de novas maneiras de pensamento sobre o saber e sobre o processo pedagógico, têm refletido principalmente nas ações dos alunos no contexto escolar, o que tem se tornado ponto de dificuldade e insegurança entre professores e agentes escolares resultando em forma de comprometimento do processo ensino-aprendizagem. Dessa forma, faz-se necessário à busca de uma nova reflexão no processo educativo, onde o agente escolar passe a vivenciar essas transformações de forma a beneficiar suas ações podendo buscar novas formas didáticas e metodológicas de promoção do processo ensino-aprendizagem com seu aluno, sem com isso ser colocado como mero expectador dos avanços estruturais de nossa sociedade, mas um instrumento de enfoque motivador desse processo. A sociedade atual se vê confrontada com o desenvolvimento acelerado que ocorre a sua volta, onde o desenvolvimento e as descobertas ocorrem em frações de segundos, ocasionando um certo desgaste e comprometimento das ações voltadas para o aprimoramento do ensino, colocando a sala de aula como um ambiente de pouca relevância para a consolidação do conhecimento, enfatizando a vivência social o requisito primordial para a busca de aprendizado. Diante do exposto, é facilmente observado que a busca pelo conhecimento não tem sido o foco de interesse principal da sociedade, pois a atualização das informações tem ocorrido de forma acessível a todos os segmentos satisfazendo de uma forma geral aos interesses daqueles que as buscam. Dessa forma, a escola nesse contexto tem alternativa rever suas ações e o seu papel no aprimoramento da sua prática educativa, sendo que, uma análise sobre seus conceitos didático-metodológicos precisa ser feita, de forma a adequar sua postura pedagógica ao momento atual e principalmente colocar-se na posição de organização principal e mais importante na evolução dos princípios fundamentais de uma sociedade, cumprindo assim sua função transformadora e idealizadora de conhecimentos científicos-filosóficos pautando o resultado de suas ações em saber concreto.


A PRÁTICA PEDAGÓGICA DA ATUALIDADE


O processo educacional sempre foi alvo de constantes discussões e apontamentos que motivaram sua evolução em vários aspectos, principalmente no que tange a condução de metodologias de ensino por nossos educadores e a valorização do contexto escolar formador para nossos alunos. Nesse aspecto GADOTTI (2000:4), pesquisador desse processo afirma que,

Enraizada na sociedade de classes escravista da Idade Antiga, destinada a uma pequena minoria, a educação tradicional iniciou seu declínio já no movimento renascentista, mas ela sobrevive até hoje, apesar da extensão média da escolaridade trazida pela educação burguesa. A educação nova, que surge de forma mais clara a partir da obra de Rousseau, desenvolveu-se nesses últimos dois séculos e trouxe consigo numerosas conquistas, sobretudo no campo das ciências da educação e das metodologias de ensino. O conceito de “aprender fazendo” de John Dewey e as técnicas Freinet, por exemplo, são aquisições definitivas na história da pedagogia. Tanto a concepção tradicional de educação quanto a nova, amplamente consolidadas, terão um lugar garantido na educação do futuro. (GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação, 2000)

Diante de enumeras transformações sociais, onde informações e descobertas acontecem em frações de segundo, o processo de desenvolvimento da escola entra na pauta como um dos mais importantes aspectos a serem discutidos neste processo, pois é nela que são promovidas as mais importantes formulações teóricas sobre o desenvolvimento cultural e social de todas as nações, dessa forma, a pesquisa educacional acaba tomando um lugar central na busca de perspectivas que possibilitem uma nova prática educacional, envolvendo principalmente os agentes que conduzem o ambiente escolar, transformando o ensino em parte integrante ou principal na motivação dessas transformações.
Com as constantes modificações sofridas por nossa sociedade no decorrer do tempo, dentre elas o desenvolvimento de tecnologias e o aprimoramento de um modo de pensar menos autoritário e menos regrado, os agentes educacionais e a escola de uma maneira geral, vêm vivenciando um processo de mudança que tem refletido principalmente nas ações de seus alunos e na materialização destas no contexto escolar, fato que tem se tornado ponto de dificuldade e insegurança entre professores e agentes escolares de forma geral, configurando em forma de comprometimento do processo ensino-aprendizagem, sobre isso, GADOTTI (2000:6) afirma que,

Neste começo de um novo milênio, a educação apresenta- se numa dupla encruzilhada: de um lado, o desempenho do sistema escolar não tem dado conta da universalização da educação básica de qualidade; de outro, as novas matrizes teóricas não apresentam ainda a consistência global necessária para indicar caminhos realmente seguros numa época de profundas e rápidas transformações.(GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação, 2000)

A escola contemporânea sofre com o desenvolvimento acelerado que ocorre a sua volta, onde as informações são atualizadas em frações de segundos, ocasionando de certa forma, o desgaste e o comprometimento das ações voltadas para o aprimoramento do ensino, fazendo com que a sala de aula se torne um ambiente de pouca relevância para a consolidação do conhecimento, tornando a vivência social o requisito primordial para a busca de aprendizado, sobre essa escola, AMÉLIA HAMZE (2004:1) afirma em seu artigo “O Professor e o Mundo Contemporâneo”, que

Como educadores não devemos identificar o termo informação como conhecimento, pois, embora andem juntos, não são palavras sinônimas. Informações são fatos, expressão, opinião, que chegam as pessoas por ilimitados meios sem que se saiba os efeitos que acarretam. Conhecimento é a compreensão da procedência da informação, da sua dinâmica própria, e das conseqüências que dela advem, exigindo para isso um certo grau de racionalidade. A apropriação do conhecimento, é feita através da construção de conceitos, que possibilitam a leitura critica da informação, processo necessário para absorção da liberdade e autonomia mental.(HAMZE, A .O professor e o mundo contemporâneo, 2004)

É perceptível que o saber cientifico e a busca pelo conhecimento, tem fugido do interesse da sociedade em geral, pois a atualização das informações tem ocorrido de forma acessível a todos os segmentos satisfazendo de uma forma geral aos interesses daqueles que as buscam. A escola nesse contexto tem por opção repensar suas ações e o seu papel no aprimoramento do saber, e para isso, uma reflexão sobre seus conceitos didático-metodológicos precisa ser feita, de forma a adequar-se ao momento atual e principalmente colocar-se na postura de organização principal e mais importante na evolução dos princípios fundamentais de uma sociedade, DOWBOR (1998:259), sobre essa temática diz que,

...será preciso trabalhar em dois tempos: o tempo do passado e o tempo do futuro. Fazer tudo hoje para superar as condições do atraso e, ao mesmo tempo, criar as condições para aproveitar amanhã as possibilidades das novas tecnologias.(DOWBOR, L. A Reprodução Social, 1998)

GADOTTI (2000:8), sobre o assunto afirma que seja qual for à perspectiva que a educação contemporânea tomar, uma educação voltada para o futuro será sempre uma educação contestadora, superadora dos limites impostos pelo Estado e pelo mercado, portanto, uma educação muito mais voltada para a transformação social do que para a transmissão cultural.

Dessa Forma, a prática pedagógica dos agentes educacionais no momento atual, bem como a condução do processo ensino-aprendizagem na sociedade contemporânea, precisa ter como primícia a necessidade de uma reformulação pedagógica que priorize uma prática formadora para o desenvolvimento, onde a escola deixe de ser vista como uma obrigação a ser cumprida pelo aluno, e se torne uma fonte de efetivação de seu conhecimento intelectual que o motivará a participar do processo de desenvolvimento social, não como mero receptor de informações, mas como idealizador de práticas que favoreçam esse processo,

Na sociedade da informação, a escola deve servir de bússola para navegar nesse mar do conhecimento, superando a visão utilitarista de só oferecer informações “úteis” para a competitividade, para obter resultados. Deve oferecer uma formação geral na direção de uma educação integral. O que significa servir de bússola? Significa orientar criticamente, sobretudo as crianças e jovens, na busca de uma informação que os faça crescer e não embrutecer.(GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação, 2000)

Segundo Ladislau Dowbor (1998:259), a escola deixará de ser “lecionadora” para ser “gestora do conhecimento”. Prossegue dizendo que pela primeira vez a educação tem a possibilidade de ser determinante sobre o desenvolvimento. A educação tornou-se estratégica para o desenvolvimento, mas, para isso, não basta “modernizá-la”, como querem alguns. Será preciso transformá-la profundamente.

O professor nesse contexto deve ter em mente a necessidade de se colocar em uma postura norteadora do processo ensino-aprendizagem, levando em consideração que sua prática pedagógica em sala de aula tem papel fundamental no desenvolvimento intelectual de seu aluno, podendo ele ser o foco de crescimento ou de introspecção do mesmo quando da sua aplicação metodológica na condução da aprendizagem. Sobre essa prática, GADOTTI (2000:9) afirma que “nesse contexto, o educador é um mediador do conhecimento, diante do aluno que é o sujeito da sua própria formação. Ele precisa construir conhecimento a partir do que faz e, para isso, também precisa ser curioso, buscar sentido para o que faz e apontar novos sentidos para o que fazer dos seus alunos”.
Ele afirma ainda que,

Os educadores, numa visão emancipadora, não só transformam a informação em conhecimento e em consciência crítica, mas também formam pessoas. Diante dos falsos pregadores da palavra, dos marketeiros, eles são os verdadeiros “amantes da sabedoria”, os filósofos de que nos falava Sócrates. Eles fazem fluir o saber (não o dado, a informação e o puro conhecimento), porque constroem sentido para a vida das pessoas e para a humanidade e buscam, juntos, um mundo mais justo, mas produtivo e mais saudável para todos. Por isso eles são imprescindíveis.(GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação, 2000)

HAMZE (2004:1) em seu artigo “O Professor e o Mundo Contemporâneo” considera que
Os novos tempos exigem um padrão educacional que esteja voltado para o desenvolvimento de um conjunto de competências e de habilidades essenciais, a fim de que os alunos possam fundamentalmente compreender e refletir sobre a realidade, participando e agindo no contexto de uma sociedade comprometida com o futuro. (HAMZE, A .O professor e o mundo contemporâneo, 2004)

Assim, faz-se necessário à busca de uma nova reflexão no processo educativo, onde o agente escolar passe a vivenciar essas transformações de forma a beneficiar suas ações podendo buscar novas formas didáticas e metodológicas de promoção do processo ensino-aprendizagem com seu aluno, sem com isso ser colocado como mero expectador dos avanços estruturais de nossa sociedade, mas um instrumento de enfoque motivador desse processo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CASTRO, A. H. O professor e o mundo contemporâneo.Jornal O Diário Barretos, opinião aberta, 08 jul 2004.

DOWBOR, L. A reprodução Social. São Paulo: Vozes, 1998.

GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas, 2000.

A difícil arte de educar



Educar requer uma grande dose de paciência, sabedoria, amor, perseverança e coerência, para conseguirmos estabelecer limites sem podar a criatividade nem sermos autoritários em demasia, dar amor sem que com isto e em seu nome nos tornemos por demais permissivos, dar liberdade para que seja exercido o livre arbítrio de cada um, de modo que haja responsabilidade pelas escolhas e pelos atos praticados.

É importante corrigir, sem ser excessivamente crítico, de modo a humilhar e desvalorizar, estabelecer regras que devem ser cumpridas, sem que sejamos tiranos, saber ser flexível, quando a situação requer, sem com isto estimularmos a impunidade.

É importante indicar caminhos, sem que com isto queiramos percorrer caminhos alheios, posto que a vida se faz a cada passo, a cada momento, a cada opção feita, a cada ato praticado, cada palavra dita (ou omitida), cada mão estendida, cada sorriso dado, a cada lágrima derramada, seja de alegria ou de dor.

Quando uma criança chega à escola, já leva uma bagagem de emoções, de sentimentos, de orientações recebidas, hábitos adquiridos pela educação que recebe na família na qual está inserida. Como vivemos em um mundo globalizado, aonde a informação chega a cada casa com uma incrível velocidade, por vezes tudo que se tenta passar para uma criança, parece ser algo em desuso, sem valor, frente ao que é visto através da imprensa ou da mídia televisiva.

Educamos através de coisas simples, que são reforçadas no dia a dia, como ao orientar para cuidar do que lhe pertence, não pegar nada do colega sem pedir permissão, não dizer palavrão, não mentir, exigir respeito aos mais velhos, que seja educado, gentil, que use palavras “mágicas” como Bom Dia, Com licença, Obrigado; fale sem que precise gritar, não jogue lixo na rua e uma série de outras regras básicas de boa, pacífica e respeitosa convivência.

Hoje temos que ser verdadeiros artistas, sem sermos palhaços (digna profissão, aliás), para conseguir formar um cidadão de bem, sem corrermos o risco de sermos taxados de alienados diante da realidade que nos é mostrada, onde parece que prevalece a impunidade, a falta de caráter, de respeito e de limites.
Por: Isabel C. S. Vargas

Professora “tia”: um ato falho na escola

Algumas escolas adotam e permitem o tratamento de professoras pelas crianças por “tias”, o que é um erro enorme, prejudica o desenvolvimento da maturidade dos alunos, cria um vínculo entre professora e aluno que não contribui em nada com o ensino-aprendizagem, além de fazer com que as educadoras percam a referência do nome e o seu valor como pessoa.

Paulo Freire (1997) afirma que “a tarefa de ensinar” não deve transformar “a professora em tia de seus alunos da mesma forma como uma tia qualquer não se converte em professora de seus sobrinhos só por ser tia deles. Ensinar é profissão que envolve certa tarefa, certa militância, certa especificidade no seu cumprimento enquanto ser tia é viver uma relação de parentesco”.

As professoras e professores em geral não têm nenhuma relação de parentesco com seus alunos, pois a sua tarefa na sala de aula é o ensino-aprendizagem. Professora não é parente de aluno, ainda que, em certas situações, o seja por consangüinidade. Dizer que acha importante este singelo nome como forma de aproximação com o aluno é uma mera ilusão. A aproximação entre professor e aluno é conquistada por meio do diálogo na sala de aula, do respeito um com o outro, do chamar pelo nome. Esse negócio de “tia” tem muito a ver com essa psicologia barata de ratos de laboratório que nada entende de Educação e vive se intrometendo na vida da escola. Não me refiro aqui aos psicólogos que atendem em seus consultórios e muito menos àqueles que trabalham como psicopedagogos nas escolas. Refiro-me, isto sim, aos teóricos que geralmente nunca pisaram em uma sala de aula e acreditam que entendem e palpitam sobre o relacionamento entre professores e alunos.

Para Paulo Freire (1997), identificar professora com tia “foi e vem sendo ainda enfatizado, sobretudo na rede privada em todo o país, quase como proclamar que professoras, como boas tias, não devem brigar, não devem rebelar-se, não devem fazer greve”. Para completar, muitos pais possuem a mentalidade de que a escola é a responsável pela formação de seus filhos. É o velho ditado: “Sou eu quem paga o seu salário”. Segunda uma professora, respondendo a entrevista de uma pesquisa, “o aluno não é cliente, ele é a essência da escola, é humano e tem cidadania”.

Segundo o educador francês Bernard Charlot (2003), “no Brasil, o saber deve ter efeitos emocionais para ter valor. O lado afetivo do saber é muito valorizado, por isso algumas professoras têm grande dificuldade em deixar de ser "tias". Na França, a escola é mais uma instituição. Lá a professora não é "tia". A escola realmente é uma instituição, e deveria ser encarada como tal em nosso país. Caso contrário, se os pais repassarem à escola a responsabilidade de educar seus filhos, substituindo sua tarefa diária em casa, os professores deixam de ser professores, conforme o desabafo de uma professora da rede estadual paulista, falando sobre o papel dos professores: “Não são formadores de opinião. São babás” (Revista Educação, 2007: 54).

Professora “tia” é, portanto, um ato falho na escola. Nossos profissionais da Educação necessitam se posicionarem mais firmemente e se valorizarem diante dos governantes, da sociedade, dos alunos e até diante de si mesmos. Desde que sejam realmente professores.

Referências Bibliográficas:
CHARLOT, Bernard. “Saber + prazer + tensão = escola”. São Paulo: Revista EducaRede, 2003. Disponível em: < http://www.educarede.org.br/educa/revista_educarede/especiais.cfm?id_especial=37>. Acesso em: 14 jun 2007.
REVISTA EDUCAÇÃO. “Carta além dos muros”. São Paulo: Editora Segmento, 2007, nº 122.
FREIRE, Paulo. “Professora sim, tia não”. São Paulo: Olho d’Água, 1997.
SILVA, Messias Antônio da. “A ESCOLA SAGARANA: uma ruptura com a concepção da Qualidade Total, anteriormente implantada na Escola Estadual Padre Eustáquio?” Dissertação apresentada como exigência parcial para obtenção do Título de MESTRE EM EDUCAÇÃO à Comissão Julgadora do MESTRADO EM EDUCAÇÃO, da PUC-Minas. Belo Horizonte: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, 2002.

*Prof. Maurício Apolinário, autor do livro "A arte da guerra para professores"
Contato: http://mauricioapolinario.sites.uol.com.br/educacao

O uso das informações é um tema de suma importância na formação de cidadãos críticos.


Nos dias de hoje, percebemos que os nossos alunos absorvem uma incrível quantidade de informação por meio das tecnologias que chegam até os mesmos. A televisão, a internet, os celulares e outros aparelhos eletrônicos hoje encurtam distâncias e oferecem uma gama de dados que nunca antes fora imaginada. Nesse contexto, o professor perdeu boa parte daquele antigo monopólio de conhecimento acumulado. Hoje ele deve dialogar com os saberes do próprio aluno.

Estando atento à atual vigência da “Era da Informação”, o professor pode introduzir esse tema em sala de aula ao questionar junto à turma sobre a qualidade das informações que ela tem acesso. No entanto, como seria possível revelar que uma informação pode ser entendida por meio de algum parâmetro de qualidade? Para resolver essa questão, indicamos ao professor a realização de um trabalho envolvendo diferentes textos que tratem de um mesmo tema.

Ao realizar essa distinção, utilize de duas reportagens onde possamos enxergar opiniões diferentes sobe um mesmo assunto ou que se diferenciem pelo grau de explicação dada ao acontecimento tratado. Por meio dessa análise é possível mostrar aos alunos que todo o tipo de informação recebida tem os seus limites e que esses podem ser superados com a busca de outras fontes confiáveis. Sendo assim, o professor revela que nenhum tipo de notícia ou reportagem encerra a compreensão de um evento.
Por meio da observação dessa imagem, podemos realizar um exercício de interpretação que tente desnudar as intenções do autor dessa obra. Na medida em que cada detalhe, aspecto e mensagem são discutidos, podemos ver que a informação não deve ser apenas debatida, mas também pode ser reconhecida em diferentes manifestações que extrapolam os meios de comunicação. Para finalizar o trabalho, execute a canção “Televisão” gravada pela banda brasileira Titãs.

Por Rainer Sousa, Mestre em História,Equipe Brasil Escola

Participação Infantil

Envolve encorajar, estimular e permitir que as crianças expressem suas opiniões sobre os assuntos que lhe afetem. Na prática, significa que os adultos devem escutar as crianças e, mais do que isso, considerar as suas opiniões. Engajar as crianças no diálogo e troca permite que elas aprendam formas construtivas de influenciar o mundo ao redor delas. A participação deve ser autêntica e significativa e deve começar com as próprias crianças e adolescentes, com suas expressões, forma de pensar, sonhos, idéias, esperanças... Isto requer, na maioria das vezes, uma mudança radical no comportamento e modo de pensar dos adultos.

Participação infantil é importante porque:
*Pode contribuir para sua formação e para o desenvolvimento de valores, atitudes, habilidades e capacidades para o exercício da cidadania e para a atuação social desde a infância.
*É uma forma concreta de se reconhecer os direitos da criança, sua condição de sujeito social.
*Contribui para o processo de socialização da criança.
*Facilita a convivência entre pais e filhos na família, assim como a execução dos projetos e programas sociais que trabalham para e/ou com crianças.
*Garante o reconhecimento social das crianças e adolescentes e promove o desenvolvimento da sua consciência coletiva como grupo social.

Promover a participação infantil encontra obstáculos e desafios porque:

*Há difundida na sociedade uma visão de infância que enxerga a criança como um objeto, propriedade dos pais, que recebe de forma passiva, como um receptáculo vazio, os conhecimentos passados pelos adultos.
*As relações entre adultos e crianças tendem a ser assimétricas e autoritárias (adulto X criança).
*Há ausência de políticas públicas que facilitem a participação de crianças, especialmente nas esferas de decisão (dentro da família, da escola, da comunidade, etc), bem como o limitado apoio governamental às iniciativas de crianças e adolescentes.
*Inexistência de canais de participação nas estruturas e espaços de socialização em que as crianças atuam.
*Adotam-se enfoques e estratégias metodológicas equivocadas/inadequadas de programas e projetos que não favorecem a participação das crianças e adolescentes.
*
Faltam recursos humanos capacitados para encorajar processos participativos.

Vantagens da participação infantil para a criança:

*Há difundida na sociedade uma visão de infância que enxerga a criança como um objeto, propriedade dos pais, que recebe de forma passiva, como um receptáculo vazio, os conhecimentos passados pelos adultos.
*Ajuda o desenvolvimento de melhores níveis de auto-estima, segurança, autonomia, domínio de habilidades sociais
*Promove o desenvolvimento de capacidades de expressão de sentimentos e idéias.
*Melhora a capacidade de inter-relação pessoal, o diálogo com o adulto, o tratamento de conflitos, a elaboração de propostas, a percepção da sua realidade e senso crítico.
*Contribui para reforçar a integração social das crianças.
*Reforça os valores de solidariedade e democracia.
*Desenvolve habilidades para assumir responsabilidades.
*As crianças e os adolescentes obtêm maior conhecimento sobre seus direitos.

Vantagens da participação infantil para a família:

*Possibilita a construção de canais de diálogos fortalecendo a relação entre pais e filhos.
*Promove uma maior confiança e respeito entre pais e filhos.
*Possibilita que os pais conheçam mais sobre como seus filhos se sentem e pensam.
*Promove o estabelecimento de regras de convivência junto com os filhos.
*Possibilita o maior cumprimento das regras de convivência em casa e fora dela.
*Promove um ambiente familiar mais eqüitativo entre todos os seus membros.

Vantagens da participação infantil para a sociedade:
*Promove relações mais eqüitativas entre adultos e crianças
*Influem nas visões dos adultos e das próprias crianças.
*Cria condições para uma presença maior das crianças e dos adolescentes nas organizações e instituições comunitárias.
*Gera maior apoio governamental às iniciativas das crianças eadolescentes.
*Forma as crianças para o exercício de sua cidadania e liderança.
*Contribui para o desenvolvimento de mecanismos que garantem que as crianças sejam ouvidas e que sua opinião seja levada em consideração.

A Importância do Ato de Ler



Ler é fundamental para cada um de nós porque através de uma boa leitura é que ampliamos mais os nossos conhecimentos. O aprendizado fica bastante evoluído, desenvolvendo no indivíduo uma expressão de liberdade para pensar e interagir no meio em que vive.
O papel da leitura, assim como o da escrita, é de extrema importância no mundo atual, pois é uma das principais ferramentas que o ser humano utiliza na sua formação na perspectiva de um bom desenvolvimento, tanto profissional, como intelectual.
Infelizmente, muitas pessoas não têm o hábito de ler, por isso elas às vezes deixam de perceber o valor que a leitura tem, que é o de aprimorar a desenvoltura intelectual e, sem esta percepção, elas não compreendem que ela é muito importante e útil na vida de cada um de nós.
Se as pessoas tiverem acesso à todas essas informações, elas irão contribuir de forma mais hábil e igualitária na sociedade.
Por Maria Aurinete Ferreira de Castro*Estudante do projeto Pré-vestibular Cooperativo -EPC ESTRELA DALVA

Os medos das Crianças

s medos das crianças

É muito difícil convencer crianças pequenas de que as coisas que elas temem não são reais. Elas ainda não entendem a diferença entre realidade e imaginação. Algumas vezes, o melhor a fazer é checar embaixo da cama de seu filho ou dentro do armário para mostrar que não há nada ali. Depois ofereça conforto e companhia para que ele relaxe e adormeça sabendo que está seguro.

Lembre-se de que a maioria de nós não gosta de ficar sozinho no escuro. O medo é uma reação natural do ser humano quando está sentindo-se vulnerável. Por vezes, a imaginação dos adultos também é capaz de voar alto quando eles estão sozinhos no escuro. Se tivermos consciência de nossos próprios medos, poderemos entender os medos de nossos filhos com muito mais facilidade.
Em algumas culturas, as crianças dormem com seus pais. Nessas culturas, é mais fácil ajudar os pequenos para que tenham um sentimento de segurança e proteção durante a noite.

Em outras culturas, a prática de pais e filhos dormirem juntos não é comum. Nessas culturas, os pais devem fazer um esforço extra para assegurar-se de que seus filhos sentem-se seguros e protegidos.

Fonte: DURRANT, Joan E., Positive discipline: what it is and how to do it, Save the Children Sweden e Global Initiative to End All Corporal Punishment of Children, 2007.

O Negativismo Infantil


É completamente normal que crianças pequenas se recusem a fazer aquilo que você pede. Elas não agem assim para irritá-lo ou desafia-lo. Elas agem desta forma porque descobrem que são indivíduos e querem experimentar sua habilidade de tomar decisões.

Algumas vezes você explicará coisas a seus filhos, mas ainda assim eles não farão o que você pede. Isso ocorre porque eles querem tomar suas próprias decisões. Nesse momento, pode ser útil oferecer escolhas às crianças para que elas exerçam sua capacidade de tomada de decisões. “Você prefere usar seu casaco verde ou seu casaco amarelo?”, “Você quer andar ou ser levado nos braços?”. Uma vez que a criança escolhe uma destas opções, seu objetivo de curto-prazo é cumprido*.

Assegure-se de que as escolhas que você oferece são escolhas que você pode aceitar. Se você precisa ir a algum lugar, não pergunte se a criança “prefere sair ou ficar em casa”. Se ela escolher permanecer em casa, mas você precisar sair, a criança sentirá que a opção que ela escolhe não tem importância e que você não está sendo sincero quando a oferece.

Além disso, uma ameaça não é uma escolha. “Ou você coloca seu casaco ou eu baterei em você”, “Ou você sai de casa sozinho ou eu nunca mais o levarei comigo”. Isso não é uma escolha, e sim uma ameaça. Ameaças amedrontam seus filhos. Eles também criam uma armadilha para os pais. Se o seu filho não quiser colocar o casaco, você sentirá que deve cumprir com sua ameaça, o que fará com que a situação fique pior.

*O autor fala de objetivos de curto prazo para designar aquilo que os pais desejam que as crianças façam de forma imediata. Objetivos de curto prazo podem ser atingidos respeitando os objetivos de longo prazo, que dizem respeito às metas que os pais desejam atingir através da educação dos filhos uma vez que estes estiverem grandes. Eventuais conflitos entre objetivos de curto e de longo prazo podem aparecer, e é importante desenvolver estratégias para lidar com eles sem desrespeitar a criança.

Fonte: DURRANT, Joan E., Positive discipline: what it is and how to do it, Save the Children Sweden e Global Initiative to End All Corporal Punishment of C

Desaprovação e críticas

Algumas vezes, os pais tentam corrigir seus filhos dizendo-lhes que são maus, desastrados, imaturos ou incompetentes. Quando as crianças ouvem tais críticas, sentem-se rejeitadas e fracassadas.

Se elas se virem como más, terão mais propensão a adotar comportamentos maus.
Se elas se virem como incompetentes, terão menos propensão a dominar novas habilidades.
Crianças são aprendizes. Elas dependem de nós para construir seu saber e habilidade. Elas precisam de nosso apoio. Crianças com boa auto-estima têm mais sucesso porque se dispõem a tentar. São mais felizes porque têm mais certeza de sua capacidade de lidar com o fracasso. E têm relacionamentos melhores com seus pais porque sabem que suas famílias acreditam nelas.

Pais e mães podem fazer muitas coisas para construir uma boa auto-estima para seus filhos. Eles podem:

  • Reconhecer os esforços dos filhos, mesmo que eles não sejam perfeitos.
  • Apreciar a vontade de ajudar das crianças.
  • Apoiar seus filhos quando falham e encorajá-los a continuar tentando.
  • Dizer a suas crianças todas as coisas que as tornam especiais.

Nós somos todos movidos pelo encorajamento. Trocar as críticas pelo encorajamento pode ter efeitos poderosos em seu filho.

Fonte: DURRANT, Joan E., Positive discipline: what it is and how to do it, Save the Children Sweden e Global Initiative to End All Corporal Punishment of Children, 2007.


Mudanças de Humor nos pais

Suas variações de humor influenciam tanto o comportamento de seu filho quanto sua própria reação a este comportamento. Se você está cansado, estressado, preocupado ou bravo com algo, terá mais chances de agir com agressividade em relação a seus filhos. É muito comum que os pais se peguem descontando suas frustrações nas crianças.
  • Quando as variações de humor dos pais são imprevisíveis, as crianças podem tornar-se inseguras e ansiosas.
  • Quando os pais ignoram um comportamento em determinado dia, mas demonstram irritação com o mesmo comportamento em outro dia, seus filhos ficam confusos.
  • Quando os pais brigam com as crianças porque estão preocupados com outras questões, seus filhos ficam ressentidos por não estarem sendo tratados com justiça.
  • Quando os pais estão sempre nervosos e de mau-humor, as crianças sentem medo.

O humor dos pais afeta o comportamento das crianças. É importante que os pais tenham consciência de suas próprias variações de humor. Eles devem evitar descontar seu mau-humor em suas crianças.

É importante que os pais durmam bem e comam alimentos nutritivos para que tenham energia o suficiente para encarar todas as tensões da vida quotidiana. Se você costuma irritar-se com facilidade, estando frequentemente triste, preocupado ou estressado, deve falar com o seu médico, uma enfermeira ou um bom amigo ou familiar. É importante que você resolva seus problemas de maneira construtiva, sem prejudicar suas crianças.

Como controlar a raiva dos pais

Há muitos momentos na vida de um bebê em que você poderá sentir frustração ou medo. Muitas vezes, esses sentimentos podem gerar raiva. Sentimo-nos irritados quando acreditamos que nossas crianças estão comportando-se intencionalmente mal. Se pensarmos que nossos filhos são capazes de controlar seu comportamento para deixar-nos bravos, ficaremos bravos.

No entanto, bebês não entendem nossos sentimentos. Eles não sabem a razão de nossa irritação. Eles estão tentando entender tudo isso e têm medo de nossa raiva. Não é a reação que eles procuram.

Durante os primeiros anos da infância de seu filho, paciência é extremamente importante. Eles aprendem conosco como agir quando sentirem-se irritados. É necessário muito autocontrole da parte dos pais para dominar a raiva e responder com disciplina positiva. Respirar fundo pode ajudar, bem como caminhar um pouco ou sair do cômodo até sentir-se mais calmo. O aprendizado infantil é gradual. Levará tempo até que as crianças entendam tudo que ensinamos. Mas a compreensão de seu filho é a chave para a obtenção de seus objetivos de longo prazo. *

Dicas para controlar sua raiva:

1. Conte até 10 antes de dizer ou fazer qualquer coisa. Se você ainda estiver com raiva, afaste-se e conceda-se um pouco de tempo, até que fique mais calmo.
2. Relaxe seus ombros, respire fundo e repita uma frase como “acalme-se” ou “devagar”.
3. Coloque suas mãos atrás das costas e diga a si mesmo que deve esperar. Não fale nada antes de acalmar-se.
4. Ande um pouco e pense na situação. Pergunte-se por que seu filho age desta maneira. Coloque-se no lugar da criança. Planeje uma reação que respeite o ponto de vista de seu filho e que também mostre para ele as razões de sua irritação.
5. Vá a algum lugar calmo e revise os passos da disciplina positiva. Volte para junto da criança apenas quando houver planejado uma resposta que respeite os objetivos de longo prazo para sua educação, que lhe dê carinho e referências claras, e que reconheça a forma de pensar e sentir de seu filho.
6. Lembre-se de que esta situação é uma oportunidade de ensinar ao seu filho como acabar com conflitos através da comunicação e da resolução de problemas.

A raiva é sinal de que você e seu filho não entendem o ponto de vista um do outro. Ela mostra que a comunicação precisa ser restaurada. Não deixe que a raiva faça com que você diga coisas más, rebaixe seu filho, ou machuque-o. Não guarde rancores ou tente ficar quites com a criança.

Lembre-se de que o aprendizado mais importante acontece nas situações mais difíceis. Agarre cada oportunidade de agir como a pessoa que você deseja que seu filho se torne.

* Segundo o autor, o primeiro passo para a aplicação da disciplina positiva é a definição de objetivos de longo prazo para a educação dos filhos. Objetivos de longo prazo são as metas que os pais desejam atingir quando seus filhos estiverem grandes – e normalmente envolvem o cultivo de um bom caráter, ético, pacífico e amoroso. Objetivos de longo prazo podem entrar em conflito com objetivos de curto prazo, que correspondem àquilo que os pais desejam que seus filhos façam imediatamente. No entanto, o autor explica que pensar nas metas mais distantes é a forma mais inteligente de conduzir a educação das crianças no dia-a-dia.


Explosões de raiva em pré-adolescentes

Um dos maiores desafios da infância é aprender como lidar com emoções e expressá-las corretamente. Essa é uma tarefa difícil porque as emoções podem impedir que pensemos com clareza. Emoções podem fazer com que tenhamos reações impulsivas, dizendo coisas que normalmente não diríamos ou fazendo coisas que normalmente não faríamos.

Para que uma criança entenda emoções e possa usá-las e expressá-las da maneira certa é preciso superar grandes desafios. Certas emoções podem fazer com que as crianças sintam-se sobrecarregadas. Se elas costumam dar ataques de fúria quando pequenas, também podem ter explosões de raiva quando maiores. Ou podem ficar silenciosas, incapazes, com medo de expressar seus sentimentos.

Nessas ocasiões, elas precisam sentir que são amadas e que estão seguras. Não é possível ter uma conversa calma com seu filho quando ele está muito irritado. A melhor coisa a fazer é sentar-se por perto, deixando que seu filho saiba através de sua maneira de agir que você estará presente caso ele precise.

Uma vez que a tempestade houver acabado, você pode falar sobre o problema e, permanecendo calmo, mostrar ao seu filho como expressar sentimentos da maneira correta. Você também pode indicar formas de resolver a questão que causou a explosão de raiva.

Lembre-se: estes ataques de fúria passam. E cada um deles lhe oferece a oportunidade de ser um exemplo para seu filho.

Fonte: DURRANT, Joan E., Positive discipline: what it is and how to do it, Save the Children Sweden e Global Initiative to End All Corporal Punishment of Children, 2007.




Dicas de Educação

O que fazer quando os conflitos familiares se convertem numa constante e explodem por qualquer motivo? Como assumir e expressar raiva, medo, frustração ou tristeza, sem ter a impressão de colocar em risco o amor e a confiança? Como formar e educar as crianças sem recorrer ao castigo físico?

Estratégia de educação positiva são aquelas formas educativas que não são utilizam a violência física e psicologica e que promovem o desenvolvimento físico, emocional e social dos filhos de forma saudável e participativa.


Educar não é nada fácil. Depois de um dia inteiro de problemas, mães e pais chegam em casa e precisam cuidar dos filhos. E as crianças querem atenção, nem sempre obedecem logo, pedem tudo. É muita pressão.

Nessa hora a palmada ou um tapinha de leve parecem uma boa idéia. Sem que a criança entenda direito, os mesmos pais que dão comida e beijinho de boa noite, de vez em quando aparecem com o chinelo na mão. Para não apanhar, as crianças passam a preferir a distância e o silêncio. Mentem para evitar brigas, escondem seus erros. Aos poucos, quase nada se resolve sem gritos ou ameaças. E o resultado disso é que as crianças, ao invés de respeitar os pais, ficam com medo deles.

Muitos pais apelam para a violência porque é comum acreditar que é a melhor forma de manter a autoridade e de proteger os filhos. Antigamente se achava que castigos físicos e humilhantes faziam parte da educação. Hoje, se sabe que não é bem assim. Existem formas carinhosas de educar que dão resultado. Reunimos aqui algumas dicas de educação que você pode aliar a estratégias específicas de educação positiva, para garantir ao seu filho um desenvolvimento pacífico, feliz e livre de violência.

1. Se acalme. Respire fundo antes de chamar a atenção do(a) seu(ua) filho(a). Evite discutir os problemas sob o efeito da raiva, pois dizemos coisas inadequadas para a aprendizagem das crianças, que as magoam tanto quanto nos magoariam se fossem dirigidas a nós!


2. Sempre tente conversar com as crianças, mantendo abertos os canais de comunicação.

Entender porque algo está acontecendo ao conversar com a criança é o primeiro passo para juntos vocês encontrarem a solução!


3. Mostre à criança o comportamento mais adequado dando o seu próprio exemplo.
Beber suco diretamente da garrafa irá ensiná-lo que esse é um comportamento adequado. Assim como falar mal das pessoas depois de encontrá-las. Seu filho aprenderá muito mais com o seu exemplo do que com o que você diz a ele sobre o que é certo ou errado.

Isso vale também para os pequenos atos de higiene do cotidiano: escovar os dentes, lavar as mãos antes de comer, etc. É mais fácil para a criança criar e manter essa rotina se você também a realiza.


4. Jamais recorra a tapas, insultos ou palavrões.

Como adultos não queremos ser tratados assim quando cometemos um erro... Então não devemos agir assim com nossos filhos! Devemos tratá-los da maneira respeitosa como esperamos ser tratados por nossos colegas, amigos ou pessoas da família, quando nos equivocamos. As crianças são seres humanos como nós!


5. Não deixe que a raiva ou o stress que acumulou por outras razões se manifestem nas discussões com seus filhos.

Seja justo e não espere que as crianças se responsabilizem por coisas que não lhes dizem respeito.


6. Converse sentado, somente com os envolvidos na discussão.

Isso contribui para uma melhor comunicação. Mantenha um tom de voz baixo e calmo, segure as mãos enquanto conversam - o contato físico afetuoso ajuda a gerar maior confiança entre pais e filhos e acalma as crianças.


7. Considere sempre as opiniões e idéias dos (as) seus (as) filhos(as).

Afinal muitas vezes suas explicações pelo ocorrido não são nem escutadas. Tome decisões junto com eles para resolver o problema, comprometendo-os com os resultados esperados. Se o acordo funcionar, dê parabéns. Se não funcionar, avaliem juntos o que aconteceu para melhorar da próxima vez.


8. Valorize e faça observações sobre os aspectos positivos do comportamento deles (as).

Elogios sobre bom comportamento nunca são demais! Cuidado para não atacar a integridade física ou emocional da criança fazendo com que ela sinta que jamais poderá atender suas expectativas!

Ela colocou a roupa suja no cesto de roupas? Elogie. Assim como o desenho que a criança fez, o fato dela ter conseguido colocar a calça sozinha, o fato dela contar uma história para você ou colocar algo no lugar que você pediu.


9. Busque expressar de forma clara quais são os comportamentos que não gosta e te aborrecem.

Explique o motivo de suas decisões e ajude-os a entendê-las e cumpri-las. As regras precisam ser claras e coerentes para que as crianças possam interiorizá-las!


10. "Prevenir é melhor que remediar, sempre”. Gerar espaços de diálogo com as crianças desde pequenos colabora para que dúvidas e problemas sejam solucionados antes do conflito. Integrá-las nas atividades do dia-a-dia evita que tentem chamar a atenção por outros meios.

Você precisa fazer compras e terá que levar com você seu filho pequeno. Você pode deixá-lo ajudar nas compras; conversar com ele sobre o que está comprando – peça-lhe para falar o que ele acha de um determinado produto; se for uma criança mais velha, ela pode ter maior mobilidade e ir pegar outros produtos enquanto você está em outro setor do supermercado.


11. Se sentir que errou e se arrependeu, peça desculpas às crianças. Elas aprendem mais com os exemplos que vivenciam do que com os nossos discursos!


12. Procure compreender a criança e saber o que esperar dela na fase desenvolvimento em que ela se encontra.

Uma criança de 1 ano e meio já consegue se alimentar sozinha e este é um comportamento que deveria ser estimulado pelos pais e/ ou cuidadores. Mas eles devem ter paciência e, ao invés de se irritarem com a “lambança” que a criança irá fazer, estimulá-la a se alimentar por conta própria. Colocar um plástico ou jornais embaixo da cadeira que a criança está comendo torna mais fácil limpar o local depois da refeição.


13. Deixe as conseqüências naturais do comportamento inadequado acontecerem ou aplique conseqüências lógicas.

Conseqüência natural: a criança está brincando de maneira violenta com seus brinquedos. Você a avisa que ele pode se quebrar, mas ela continua a brincar da mesma maneira até que ele finalmente se quebra. Logo em seguida ela pede para você comprar outro. Neste momento, você deve relembrá-la do aviso que lhe foi oferecido e negociar com ela esta nova compra.

Conseqüência lógica: a criança não cumpre com o que foi acordado com os pais sobre xingar os irmãos. Ela, então, ficará no “cantinho do castigo” o tempo adequado para a sua idade.

Importante: conseqüências são diferentes de punições. Estas últimas machucam as crianças, fisicamente e emocionalmente deixando-as com raiva, inseguras e tristes. As conseqüências ensinam. Essa estratégia, no entanto, não deve ser usada quando significar submeter a criança a situação de perigo.

http://naobataeduque.org.br/site/pais_educadores/dicas.php

Agressividade

Meu filho está agressivo e não obedece. Já tentei fazer várias coisas e não quero bater. Como dar limites sem bater? O que faço?

Sabemos que os pais e cuidadores querem educar as crianças da melhor forma possível e muitas vezes não sabem quais as alternativas para colocar limites ou lidar com comportamentos que consideram inadequados. Partimos do princípio que todas as crianças devem crescer em um ambiente livre de violência e que o diálogo – mesmo com os muito pequenos – deve sempre prevalecer. Uma criança que apanha ou é humilhada vai aprender que os conflitos se resolvem desta maneira.

Tente com calma conversar com seu filho. Muitas vezes as crianças testam os limites dos pais e cuidadores e é preciso colocar esses limites. Se quando a criança grita ou tem um comportamento agressivo os pais cedem ao que ele queria, ele vai aprender que gritando e caindo no chão ele irá conseguir o que quer. Uma dica é sempre que for falar com eles sobre a atitude que está tendo, abaixe-se para ficar da altura dele e olhe nos olhos. Se considerar necessário deixá-lo de castigo, uma possibilidade é escolher uma cadeira, e explicar que vai ser o lugar do castigo e o porquê do castigo para que ele peça desculpas. É importante que o local do “castigo” seja seguro e à sua vista. É importante ressaltar que o tempo do castigo depende da idade da criança. Em geral crianças muito pequenas não entendem de forma clara a relação causa e efeito – não adiantando deixá-las de castigo.

As crianças precisam de limites para crescer de forma saudável. Alguns desses limites são definidos pelas regras de convivência. Assim como não podemos bater em um colega de trabalho, elas também não podem bater nos colegas ou em qualquer pessoa em casa ou na rua. Esse tipo de limite é diferente daqueles que usamos para proteger as crianças, como por exemplo, quando impedimos que atravessem a rua sozinhas. Nesse último caso, a criança desafia os pais para ter certeza de que são cuidadas e amadas. Estes últimos limites ainda são diferentes daqueles limites em que simplesmente servem para não satisfazer as vontades das crianças, como por exemplo: a criança pode comer doce antes das refeições? Isto pode ser completamente negociável. Há famílias que podem, outras não, outras ainda às vezes, ou seja, nesses casos você pode negociar com seu filho, para que ele não esteja completamente submetido a limites que são aleatórios. Assim, ele poderá escolher e se responsabilizar pelas suas escolhas. Além disso, poder negociar com seu filho é uma grande chance de vocês manterem um diálogo!

As crianças geralmente percebem quando estamos nervosos, com raiva ou felizes. Converse com seus filhos. Explique, por exemplo, quando você está nervoso/a ou sem paciência por determinada coisa e que ele não tem culpa disso.

É importante ressaltar que não existe apenas um jeito certo para educar. As dinâmicas familiares e relações estabelecidas entre cuidadores e crianças são diversas e é no dia-a-dia que você encontrará as melhores formas de educar seus filhos, de acordo com as características de cada um deles. Educar é um processo diário e as mudanças muitas vezes levam tempo.

Tapas e palmadas

Alguns pais acreditam que dar tapas na mão, palmadas no bumbum ou bater na criança com uma vara pode ensinar importantes lições. Na verdade, o castigo físico ensina à criança que:

  • É batendo que comunicamos coisas importantes.
  • Bater é uma resposta aceitável para a raiva.
  • As pessoas das quais elas dependem para sua proteção irão machucá-las.
  • Eles devem ter medo de seus pais, ao invés de confiar neles para que ajudem e ensinem.
  • Suas casas não são seguras para exploração.

É necessário que pensemos sobre o que queremos ensinar a nossos filhos no longo prazo. Se quisermos ensiná-los a serem pacíficos, precisamos mostrá-los como ser pacíficos. Se quisermos ensiná-los como permanecer em segurança, devemos explicar e mostrar a eles como fazê-lo.
Pense no efeito que ser punido fisicamente tem sobre adultos. Quando alguém nos bate, sentimo-nos humilhados. Não temos motivação para agradar a pessoa que nos bateu, sentimos ressentimento e medo. Podemos inclusive ter desejo de vingança.

Bater em seu filho prejudica seu relacionamento com ele, e não lhe dá a informação necessária para que tome decisões. Além disso, bater não aumenta o respeito de seu filho por você.

Fonte: DURRANT, Joan E., Positive discipline: what it is and how to do it, Save the Children Sweden e Global Initiative to End All Corporal Punishment of Children, 2007.

O TEMPO PASSOU E ME FORMEI EM SOLIDÃO "

Será que você teve a sorte de viver isso um dia?*

O TEMPO PASSOU E ME FORMEI EM SOLIDÃO "


**Sou do tempo em que ainda se faziam visitas. Lembro-me de minha mãe
mandando a gente caprichar no banho porque a família toda iria visitar algum
conhecido. Íamos todos juntos, família grande, todo mundo a pé. Geralmente,
à noite.
Ninguém avisava nada, o costume era chegar de paraquedas mesmo. E os
donos da casa recebiam alegres a visita. Aos poucos, os moradores iam se
apresentando, um por um.
– Olha o compadre aqui, garoto! Cumprimenta a comadre.
E o garoto apertava a mão do meu pai, da minha mãe, a minha mão e a mão
dos meus irmãos. Aí chegava outro menino. Repetia-se toda a diplomacia.
– Mas vamos nos assentar, gente. Que surpresa agradável!
A conversa rolava solta na sala. Meu pai conversando com o compadre e
minha mãe de papo com a comadre. Eu e meus irmãos ficávamos assentados todos
num mesmo sofá, entreolhando-nos e olhando a casa do tal compadre. Retratos
na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, flores na mesinha de
centro... casa singela e acolhedora. A nossa também era assim.
Também eram assim as visitas, singelas e acolhedoras. Tão acolhedoras
que era também costume servir um bom café aos visitantes. Como um anjo
benfazejo, surgia alguém lá da cozinha – geralmente uma das filhas – e
dizia:
– Gente, vem aqui pra dentro que o café está na mesa.
Tratava-se de uma metonímia gastronômica. O café era apenas uma parte:
pães, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite... tudo sobre a
mesa.
Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. As gargalhadas também. Pra que
televisão? Pra que rua? Pra que droga? A vida estava ali, no riso, no café,
na conversa, no abraço, na esperança... Era a vida respingando eternidade
nos momentos que acabam.... era a vida transbordando simplicidade, alegria e
amizade...
Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que virássemos a
esquina. Ainda nos acenávamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas
vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela
acolhida. Era assim também lá em casa. Recebíamos as visitas com o coração
em festa.. A mesma alegria se repetia. Quando iam embora, também ficávamos,
a família toda, à porta. Olhávamos, olhávamos... até que sumissem no
horizonte da noite.
O tempo passou e me formei em solidão. Tive bons professores: televisão,
vídeo, DVD, e-mail... Cada um na sua e ninguém na de ninguém. Não se recebe
mais em casa. Agora a gente combina encontros com os amigos fora de casa:
– Vamos marcar uma saída!... – ninguém quer entrar mais.
Assim, as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que
escondem mortos anônimos e possibilidades enterradas. Cemitério urbano, onde
perambulam zumbis e fantasmas mais assustados que assustadores.
Casas trancadas.. Pra que abrir? O ladrão pode entrar e roubar a
lembrança do café, dos pães, do bolo, das broas, do queijo fresco, da
manteiga, dos biscoitos do leite...
Que saudade do compadre e da comadre!*
**José Antônio Oliveira de Resende


**Professor de Prática de Ensino de Língua Portuguesa, do Departamento de
Letras, Artes e Cultura, da Universidade Federal de São João del-Rei.
**

Não bata, Eduque!

Efeito de castigo fisico e humilhante

Os efeitos do castigo físico e humilhante não podem ser generalizados para todas as crianças, pois dependem da experiência de vida de cada um e da configuração familiar em que a criança encontra-se inserida. Entretanto, uma conseqüência direta do uso do castigo físico é o aprendizado, por parte da criança, de que a violência é uma maneira plausível e aceitável de se solucionar conflitos e diferenças, principalmente quando você está em uma posição de vantagem frente ao outro, principalmente física (como no caso do adulto frente à criança). E este aprendizado é transportado para outras relações da criança, como para a sua relação com um irmão mais novo, por exemplo. Também percebemos que, em muitos casos em que a criança sofre com castigos físicos e violências psicológicas freqüentes, ela pode apresentar um perfil retraído, introvertido. Se a criança não tiver uma rede de apoio forte (outros parentes ou outras pessoas que lhe sejam significativas e que lhe tratem de maneira diferente), a sua auto-estima fica tão comprometida que vemos como consequências a insegurança, o medo, a timidez, a passividade e a submissão.

Muitas vezes, a violência física e/ou psicológica acaba acontecendo num rompante, e não por metodologia. Nestes momentos os pais podem sentar com seus filhos e serem sinceros com eles, explicando que perderam o controle e que se arrependem por isso. Este tipo de atitude é um ótimo exemplo de humildade e de respeito para com o outro. Ao sentarem para conversar com seus filhos, os pais darão o exemplo de que pedir desculpas não é algo do qual a criança deva se envergonhar e de que errar é humano, que nem sempre eles, pais, irão acertar em tudo, apesar sempre desejarem o melhor para seus filhos. Além disso, este é um ótimo momento para ouvir a própria criança e procurar, juntamente com ela, estabelecer as “regras” de convivência para todos dentro de casa. Por exemplo, o pai ou a mãe podem identificar que não agiram da melhor forma porque foi justamente no momento em que chegavam estressados do trabalho. Junto com a criança, eles podem conversar com ela e estabelecerem juntos que, quando isto acontecer, eles precisarão de um tempinho para respirarem fundo, relaxarem e, então, darem a atenção de qualidade que a criança merece.

Alimentando o ciclo da violência
O uso do castigo físico infligido a uma pessoa faz parte de um “ciclo” de violência. Entretanto, muitos pais ainda não enxergam dessa forma, pois esta metodologia educativa está fortemente legitimada em nossa sociedade. Os pais que utilizam o tapa, a palmada ou a chinelada para educar o fazem acreditando que estão fazendo o melhor para seus filhos, mas não percebem que, na verdade, estão infringindo o direito que as crianças possuem (assim como qualquer outro ser humano) ao respeito pela sua integridade física e dignidade humana.
Se a violência física contra um adulto não é aceitável socialmente, sendo passível inclusive de sanções legais, porque a violência contra a criança deve ser aceita? Os pais não vêem que, ao utilizarem o castigo físico, estão abusando da diferença de poder que existe numa relação entre um adulto e uma criança.

http://www.naobataeduque.org.br/site/pais_educadores/efeitos.php


VOCÊ SABIA QUE...

Os Doze Apóstolos:

1. - Simão chamado Pedro, o príncipe dos apóstolos,
2 - Tiago o Maior, irmão de João
3 - João o apóstolo bem-amado
4 - Filipe o místico helenista
5 - Bartolomeu o viajante
6 - Mateus ou
Levi, o publicano
7 - Tiago o Menor
8 - Simão o Zelota ou o Cananeu
9 - Judas Tadeu o primo de Jesus
10 - Judas Iscariotes o traidor
11. - André o primeiro Pescador de Homens, irmão de Pedro
12 - Tomé o ascético

Após a traição de Iscariotes, Matias foi escolhido pelos demais para ocupar seu lugar no colégio apostólico. Mais rigorosamente seria o 13º apóstolo.
Outro famoso apóstolo,
Paulo de Tarso, o apóstolo dos gentios, não foi testemunha ocular de Jesus Cristo, mas convertido através de visões do Jesus ressuscitado, tornou-se um dos mais ardentes apóstolos do cristianismo.
Os Doze Profetas do Antigo Testamento:

1 - Isaías
2 - Jeremias
3 - Jonas
4 - Naum
5 - Baruque
6 - Ezequiel
7 - Daniel
8 - Oséias
9 - Joel
10 - Abdias
11 - Habacuque
12 - Amos


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Os Quatro Evangelistas e a Esfinge

. Lucas (representado pelo touro)
. Marcos (representado pelo leão)
. João (representado pela águia)
. Mateus (representado pelo anjo)


Os Dez Mandamentos:
1º - Amar a Deus sobre todas as coisas
2º - Não tomar o Seu Santo Nome em vão
3º - Guardar os sábados
4º - Honrar pai e mãe
5º - Não matar
6º - Não pecar contra a castidade
7º - Não furtar
8º - Não levantar falso testemunho
9º - Não desejar a mulher do próximo
10º - Não cobiçar as coisas alheias

Os Sete dias da Semana e os "Sete Planetas"


Os dias, nos demais idiomas- com exceção da língua portuguesa , mantém os nomes dos sete corpos celestes conhecidos desde os babilônios:
. Domingo - dia do Sol
. Segunda - dia DA Lua.
. Terça - dia de Marte
. Quarta - dia de Mercúrio
. Quinta - dia de Júpiter
. Sexta - dia de Vênus
. Sábado - dia de Saturn
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Os sete pecados



. Gula
. Avareza
. Soberba
. Luxúria
. Preguiça
. Ira
. Inveja

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(Else só foram enumerados no século VI, pelo papa São Gregório Magno
(540-604), tomando como referência as cartas de São Paulo)

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As Sete Virtudes (para combater os pecados capitais)

. Temperança (gula)
. Generosidade (avareza)
. Humildade (soberba)
. Castidade (luxúria)
. Disciplina (preguiça)
. Paciência (Ira)
. Caridade (inveja)


As Sete Maravilhas do Mundo Moderno



As Sete Maravilhas do Mundo Antigo:

1 - As Muralhas e OS Jardins Suspensos DA Babilônia
2 - A Estátua de Zeus, de Fídias em Olímpia
3 - O Templo de Artemis (ou Diana) em Éfeso
4 - O Colosso de Rodes
5 - O Mausoléu de Halicarnasso
6 - O Farol de Alexandria
7 - As Pirâmides de Gizé no Egito


Maravilhas derrotadas
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As Musas da Mitologia Grega
(a quem se atribuía a inspiração das ciências e das artes)
1 - Urânia ( astronomia )
2 - Tália ( comédia )
3 - Calíope ( eloqüência e epopéia )
4 - Polímnia ( retórica )
5 - Euterpe ( música e poesia lírica )
6 - Clio ( história )
7 - Érato ( poesia de amor )
8 - Terpsícore ( dança )
9 - Melpômene ( tragédia )

Os Sete Sábios da Grécia Antiga:

1 - Sólon
2 - Pítaco
3 - Quílon
4 - Tales de Mileto
5 - Cleóbulo
6 - Bias
7 - Períandro

http://www.paralere pensar.com. br/lazerinformac ao.htm
Os Três Reis Magos:

. O árabe Baltazar: trazia incenso, significando a divindade do Menino Jesus.

. O indiano Belchior: trazia ouro, significando a sua realeza.

. O etíope Gaspar: trazia mirra, significando a sua humanidade.




Você Sabia ?


2 - Nos conventos, durante a leitura das Escrituras Sagradas, ao se referir a São José, diziam sempre " Pater Putativus ", ( ou seja: "Pai Suposto" ) abreviando em P.P .". Assim surgiu o hábito, nos países de colonização espanhola, de chamar os "José" de "Pepe".
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3 - Cada rei no baralho representa um grande Rei/Imperador da história:
. Espadas: Rei David ( Israel )
. Paus: Alexandre Magno ( Grécia/Macedônia )
. Copas: Carlos Magno ( França )
. Ouros: Júlio César ( Roma )

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4 - No Novo Testamento, no livro de São Mateus, está escrito " é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha que um rico entrar no Reino dos Céus "... O problema é que São Jerônimo, o tradutor do texto, interpretou a palavra " kamelos " como camelo, quando na verdade, em grego, "kamelos" são as cordas grossas com que se amarram os barcos.
A idéia da frase permanece a mesma, mas qual parece mais coerente?

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5 - Quando os conquistadores ingleses chegaram a Austrália, se assustaram ao ver uns estranhos animais que davam saltos incríveis.
Imediatamente chamaram um nativo ( os aborígenes australianos eram extremamente pacíficos ) e perguntaram qual o nome do bicho. O índio sempre repetia " Kan Ghu Ru ", e portanto o adaptaram ao inglês, " kangaroo" ( canguru ).
Depois, os lingüistas determinaram o significado, que era muito claro: os indígenas queriam dizer: "Não te entendo ". ------------ --------- --------- --------- --------- ------

6 - A parte do México conhecida como Yucatán vem da época da conquista, quando um espanhol perguntou a um indígena como eles chamavam esse lugar, e o índio respondeu " Yucatán ". Mas o espanhol não sabia que ele estava informando " Não sou daqui ".

O EXEMPLO QUE VEM DE CIMA





O EXEMPLO QUE VEM DE CIMA

Max Gehringer

Quando uma empresa resolve implantar alguma mudança, normalmente ela faz uma campanha interna para mostrar aos funcionários que a mudança vai ser boa para a empresa e melhor ainda para os funcionários. Na prática, porém, a maioria das mudanças acaba dando resultados inferiores aos esperados. Ou porque os funcionários não entenderam, ou porque não quiseram colaborar. Então, a culpa é dos funcionários? Eu acho que não. E vou contar uma historinha prática.

Trabalhei em uma empresa que tentou, várias vezes, implantar um sistema de uso de crachás. Mas nós, os funcionários, éramos contra. Nós achávamos que os crachás eram desnecessários, porque ali na empresa todo mundo conhecia todo mundo e andar com aquela peça de plástico pendurada no peito não iria melhorar nada para ninguém. A direção da nossa empresa tentou de tudo, até que chegou à famosa solução jurássica: quem não estivesse usando crachá, não entraria para trabalhar. Resultado: todo mundo passou a odiar os crachás e a perdê-los de propósito. Até que um dia eu fiquei sabendo como uma grande empresa havia conseguido fazer com que seus funcionários usassem crachás sem precisar fazer nenhuma campanha e sem gastar um tostão.

Foi assim. Um dia, os diretores apareceram usando crachás. E todo mundo começou a se perguntar por que só os diretores tinham crachá. Duas semanas depois, os gerentes também receberam crachás e passaram a usá-los com orgulho, porque os crachás os colocavam no mesmo nível, por assim dizer, dos diretores. Não demorou muito para os funcionários começarem a ficar insatisfeitos com aquela discriminação, e aí a empresa mandou fazer crachás para todo mundo. E todo mundo passou a usar, feliz da vida.

A lição é simples: o que faz qualquer mudança funcionar não é a comunicação eficiente. A comunicação ajuda, mas não resolve. O que resolve, mesmo, é o exemplo que vem de cima.